quinta-feira, 18 de março de 2010


Foto: Siem Riep, Camboja, Templo de Angkor Wat

CAMBODIA...ONDE ESTAVA ESSE PAÍS ENQUANTO EU FUI CAPAZ DE EXISTIR SEM ELE!NORTE DO CAMBOJA, SIEM REAP, COMPLEXO DE ANGKOR WAT



O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade. Foi assim que Nietzsche resumiu o poder que o ato de conhecer tem sobre a vida de um indivíduo. Conhecer nossos afetos, conhecer o intuitivo das relações que criamos com o que nos cerca, homens, animais, vegetais, minerais, mundo denso, mundo sutil metafísico. O conhecimento nos torna demasiadamente humanos, somos, vemos, conhecemos, tornamo-nos incapazes de ter o mundo somente apresentado a nós!

INDONÉSIA, NO SEU ARQUIPÉLAGO, A ILHA QUE SE MANTEVE HINDUÍSTA: BALI


BESAKIH, maior complexo de templos de Bali, na base do Mount Agung, o maior vulcão da região. Deslumbrante, fartura de emoções ao conhecer!

Conhecido como The Mother Temple, ou Pura Besakih, é o mais importante templo de Agama Hindu Dharma, nome formal do hinduísmo na Indonésia. 93% da população de Bali seguem o Hinduísmo. Parte da população de Sumatra, Java, Tenggerese, Lombok e Kalimatan também é adepta do hinduísmo, e isso significa 3% da população da Indonésia! Sua maioria é muçulmana.

Quem chega em Bali não duvida que a crença esteja presente 24 horas na vida dos balineses. Oferendas em todos os lugares, dentro dos automóceis, nas bicicletas e motos, nas ruas, casas, bares, banheiros, e nas mãos da população, em seu percurso rotineiro levando oferendas aos mais diversos templos, os formais, os improvisados, os existentes na maioria das casas de Ubud.

Tudo é feito reverenciando Brahma, o criador, Vishnu, o preservador e Shiva o destruidor. Os rituais são permanentes, tanto que quando eu retornava à noite pela estrada que corta campos de arroz para chegar ao hotel onde eu me hospedava, na completa escuridão e silêncio, sem uma luz sequer, o fazia enxergando a todo momento "fantasmas", que nada mais eram do que as imagens dos deuses em pequenos templos caseiros, cobertas com mantos cerimoniais, que balançavam ao vento.

“Vale mais a pena ver uma coisa
Sempre pela primeira vez que conhecê-la,
Porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez,
E nunca ter visto pela primeira vez
É só ter ouvido contar”
(Fernando Pessoa em Ficções do Interlúdio, Poemas Completos de Alberto Caieiro