domingo, 30 de agosto de 2009

AS COISAS MAIS BONITAS DE BALI NÃO ESTÃO À VENDA, COMO AS COISAS DE DENTRO DA ALMA

Crianças preparando oferendas para uma grande cerimônia

Quando cheguei à Bali encantei-me com uma Ilha sobre a qual nunca ouvira falar. Não estive na Bali de Kuta, embora tivesse ído lá. Estive de alma presente na Bali de Ubud, o coração artístico de Bali, onde talvez eu tenha conhecido o povo mais doce do mundo! Brahma, Vishnu e Shiva por lá residem, fazendo do hinduísmo a religião que, em plena harmonia com o budismo, faz da vida local uma continuidade de celebrações aos deuses, de reverências, oferendas e muito sorriso!

Bem o posso dizer, ao me lembrar de Suaka, o sacerdote-motorista que acabou sendo o meu guia por toda aquela região, onde se vê arte sob todas as formas, e festas e cerimônias a cada hora, em cada esquina, na rua, nos templos.

A ilha foi, durante muito tempo, refúgio para nobres, intelectuais e religiosos hindus, no século XVI, quando o islamismo impôs sua hegemonia na Indonésia.

É quase impossível descrever a beleza, charme, energia, o ambiente de Bali. Quando se deixa Bali, com certeza parte de nós fica por lá e parte de lá penetra no nosso ser, e não somos mais os mesmos!

Os balineses acreditam que o casamento é uma situação muito especial. Eles serram os dentes, ligeiramente, o que significa que os noivos estão dispostos a aceitar as dificuldades da vida conjugal. Não só a família participa desta cerimônia, também a comunidade.

Assim como o casamento, a apresentação do recém-nascido e a cerimônia de cremação têm muito valor para os balineses, são parte da preservação da sua tão peculiar cultura.

As coisas mais bonitas de Bali não se pode comprar. Meninas e mulheres que tecem cestos com grama, folhas e flores, preparam suas oferendas aos deuses, várias vezes ao dia. Quase todas as casas têm um templo, logo na sua entrada, onde também têm lugar as oferendas.

Passear por Ubud vale uma limpeza na alma; experiência não replicável. A pé, às vezes em uma pequena motocicleta, não importa. Quando se faz isso por vários dias o corpo, as emoções e a mente acabam se acostumando. Sair de lá sem o coração na mão é quase impossível! O que se vê por lá toca mesmo a alma. Com certeza fez-me uma pessoa melhor!

Templo de Besakih

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Não conheço, mas, com esta belíssima descrição, fiquei com o apetite aguçado.
Obrigado
Rufino

30 de agosto de 2009 às 17:00  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial